Há diferença entre camisinha masculina e feminina? 

É fato: o surgimento da camisinha feminina proporcionou à mulher mais autonomia e maior controle sobre os cuidados com seu corpo. Mas será que há diferença entre camisinha masculina e feminina? Será que ambos têm a mesma função? Um é mais seguro do que o outro? 

Antes de abordar as diferenças entre cada uma, vale contextualizar que camisinha feminina é um nome dado ao preservativo interno, e surgiu muito tempo depois da camisinha masculina, que é um preservativo externo.

No Brasil, o produto chegou em 1997 e, a partir de 2000, o Ministério da Saúde passou a fornecê-lo às Secretarias Estaduais da Saúde para que fosse distribuído para mulheres que apresentavam maior vulnerabilidade em relação à prevenção de doenças. As informações constam na 1ª edição da publicação “Preservativo Feminino – das políticas globais à realidade brasileira”.

Quase três décadas depois, é comum nos depararmos com muitas dúvidas, inclusive se há diferença entre camisinha masculina e feminina. E sim, há diferenças, mas ambas são seguras e ajudam a prevenir gravidez indesejada, Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e vírus da AIDS.

 

Diferença entre camisinha masculina e feminina: entenda as principais

  • Material

A camisinha masculina é feita de látex (borracha) e a feminina é feita, geralmente, de borracha nitrílica (podendo ser utilizada por quem tem alergia ao látex) ou poliuretano.

  • Tamanho e formato

Outro aspecto que as diferencia é o tamanho, já que a camisinha feminina é colocada no fundo da vagina e, para isso, funciona como um “bolsa”, com dois anéis flexíveis, um em cada extremidade. São cerca de 15 centímetros de comprimento e oito de diâmetro, ou seja, bem mais larga que a versão masculina. 

  • Forma de usar

A camisinha masculina é um preservativo externo, que envolve o pênis ereto. Já a feminina é um preservativo interno, colocado na cavidade vaginal.

  • Popularidade

A camisinha masculina é, de fato, mais popular do que a feminina. Alguns motivos podem ser apontados, desde o fato de ser um método mais antigo e difundido, até o valor praticado pelo mercado. A versão masculina ainda é mais barata do que a feminina e mais facilmente encontrada. Entretanto, de acordo com o Ministério da Saúde, ambas são distribuídas gratuitamente em qualquer serviço público de saúde.

Durante o Carnaval, o governo lançou a Campanha Nacional de Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e informou que distribuiu aos estados da federação mais de 1,2 milhão de preservativos internos e mais de 33 milhões de preservativos externos.

 

E a segurança?

Após entendermos a diferença entre camisinha masculina e feminina, é preciso destacar que ambas são consideradas seguras e eficazes. Se forem usadas corretamente, podem evitar a transmissão das ISTs, como gonorreia e clamídia, do vírus HIV, sífilis, hepatites virais B e C, entre outras doenças.

Lembrando que deve-se usar uma ou outra durante a relação sexual, nunca as duas juntas, pois o atrito entre as camisinhas pode danificar os materiais e diminuir a eficácia.

Apesar da eficácia de ambos os preservativos, segundo o Ministério da Saúde aproximadamente 60% dos brasileiros com mais de 18 anos dizem não utilizar preservativo. A informação é resultado da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), que também trouxe outra estatística preocupante: cerca de um milhão de pessoas foram diagnosticadas com infecções sexualmente transmissíveis ao longo de 2019, ocasião em que o levantamento foi consolidado.

Prevenir é sempre o melhor caminho; use preservativo em todas as relações sexuais!

Se ainda restou alguma dúvida sobre a diferença entre camisinha masculina e feminina ou outro tema, entre em contato comigo. Será um prazer ajudar!