Superfungo apresenta resistência a antifúngicos e é difícil de ser controlado

No início deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou o terceiro surto hospitalar de Candida auris no país. O comunicado gerou preocupação e trouxe à tona a existência do superfungo, espécie de fungo resistente à maioria dos fungicidas e que possui uma alta capacidade de sobrevivência.

Apesar do susto inicial, os organismos do gênero Candida são velhos conhecidos da nossa população – e você vai entender o porquê. Infecções orais e vaginais, a exemplo da candidíase, são muito comuns em seres humanos e, no geral, são combatidas sem maiores dificuldades por medicamentos encontrados em qualquer farmácia.

O superfungo, por sua vez, é altamente resistente aos antifúngicos comuns e raramente é eliminado dos ambientes. Como se não bastasse, a identificação do patógeno também é desafiadora, já que ele pode ser confundido com outras espécies – como Candida haemulonii e Saccharomyces cerevisiae.

Como posso ser infectado pelo superfungo?

A transmissão do Candida auris ocorre pelo contato direto com objetos contaminados ou pessoas infectadas. O risco de infecção se torna ainda maior entre pacientes que passam longos períodos internados nas unidades de terapia intensiva (UTIs). 

Além disso, pessoas que tenham o sistema imunológico comprometido ou foram submetidas a procedimentos invasivos, como cirurgias e o uso de cateter venoso central, estão mais vulneráveis a contrair o superfungo – mas por que isso acontece?

O Candida auris é um fungo oportunista, ou seja, precisa de condições ideais para se proliferar no organismo do paciente. Uma vez que ele consegue “adentrar”, costuma causar infecções na corrente sanguínea, mas também pode atingir o sistema nervoso central e respiratório. 

É importante ressaltar que o uso inadequado de antibióticos também pode favorecer a infecção pelo superfungo, pois existe o risco de aumentar a resistência de determinadas bactérias, o que contribui para a entrada do Candida auris no organismo. 

É possível prevenir?

Evitar  o contágio e a transmissão do superfungo é possível, mas é preciso estar atento às medidas básicas de higiene – principalmente os profissionais que atuam em ambientes hospitalares.

Portanto, faça a higienização das mãos corretamente após o contato com superfícies e utensílios médicos e, claro, mantenha-se informado! 

Se tiver dúvidas sobre o superfungo ou qualquer assunto relacionado à infectologia, entre em contato comigo!