Adesão ao tratamento da Aids é um desafio que deve ser enfrentado

Sentimentos como culpa, solidão e medo da discriminação transbordam diante de um resultado positivo de HIV. Nesse momento, é muito comum que os pacientes se sintam perdidos, como se a vida estivesse chegando ao fim, e decidem não aderir ou dar continuidade ao tratamento da Aids – e é aí que mora o problema.

Após o choque inicial, o paciente precisa lidar com a confusão de sentimentos e compreender que o diagnóstico de HIV não significa uma sentença de morte e, tampouco, representa o fim do mundo. Com os avanços da ciência, tecnologia e da medicina, é possível viver com qualidade. 

No entanto, isso não significa que o início do tratamento da Aids não seja um momento difícil e doloroso. Para muitos pacientes, a mudança na rotina e o uso diário dos medicamentos podem lembrá-los, a todo momento, sobre a doença. Como se isso não fosse o suficiente, o soropositivo ainda enfrenta um outro desafio: os efeitos colaterais dos antirretrovirais.

Por serem medicações muito fortes – afinal, é preciso impedir a multiplicação do vírus no organismo –, os pacientes podem sofrer com os efeitos adversos, tornando a adesão ao tratamento da Aids ainda mais desafiadora. Para enfrentar esse momento, é primordial que além do acompanhamento médico, o portador da doença tenha apoio psicológico, familiar e, principalmente, conhecimento sobre os sintomas mais comuns. 

Principais efeitos colaterais do tratamento da Aids

O uso do coquetel antirretroviral, composto por um conjunto de dois comprimidos, aumenta a sobrevida e contribui para a melhora da qualidade de vida do paciente. Contudo, ele pode desencadear uma série de efeitos colaterais ainda no início do tratamento.

Entre os sintomas mais recorrentes, destacam-se: agitação, diarreia, náuseas, insônia, vômitos e manchas vermelhas pelo corpo, também conhecidas como “rash cutâneo”. É importante destacar que nem todos os pacientes vão apresentar mal-estar – e isso não significa que o tratamento da Aids não está sendo satisfatório. 

Além disso, a presença desses sintomas não é permanente e desaparecem após dias – ou semanas – de tratamento. Entretanto, alguns pacientes podem sofrer com alterações que ocorrem em longo prazo, como danos aos rins, estômago, intestino e fígado. 

Como disse anteriormente, alguns sintomas tendem a desaparecer com o passar dos dias, mas isso não significa que o paciente não possa amenizar esses desconfortos quando surgirem.

Sendo assim, aderir a uma rotina de hábitos saudáveis, incluindo uma alimentação equilibrada atrelada à prática regular de exercícios físicos, pode contribuir com a melhora dos efeitos colaterais do tratamento da Aids. Também é muito importante ampliar a rede de apoio, buscando ajuda de grupos de adesão e rodas de conversa, que podem fazer com que essa fase seja menos desafiadora. 

Lembre-se: a Aids não tem cura, mas tem controle. Portanto, realize o tratamento e, em caso de dúvida, entre em contato comigo