Uma explosão de bolhas vermelhas na pele, atrelada a uma dor aguda, surge repentinamente. Nem todo mundo sabe, mas esses são alguns dos sintomas mais recorrentes do vírus do herpes-zóster, doença viral causada pela reativação do Varicella zoster no nosso organismo. 

Normalmente adquirido durante a infância, o vírus do herpes-zóster é responsável pela catapora – doença que tende a aparecer com mais frequência nos primeiros anos de vida – e pela síndrome de Ramsay Hunt, condição que recentemente afetou o astro pop canadense Justin Bieber. 

Uma das características mais marcantes dessa infecção é que após esse primeiro encontro, o Varicella zoster se “esconde” no sistema nervoso – mais precisamente nos gânglios localizados nos nervos espinhais e cranianos. Na maioria dos casos, o vírus do herpes-zóster permanece adormecido no organismo pelo resto da vida, mas não é assim para todo mundo.

E foi justamente o que aconteceu com a apresentadora e ex-participante do programa Big Brother Brasil (BBB), Fernanda Keulla, que precisou ser internada após obter a confirmação da doença. Nas redes sociais, Fernanda explicou que os altos níveis de estresse e ansiedade, além da baixa imunidade, contribuíram para a reativação do vírus. 

Como ocorre a reativação do vírus do herpes-zóster?

Diante de uma queda expressiva da imunidade, seja por estresse, ansiedade ou em decorrência de alguma doença, o vírus do herpes-zóster encontra um terreno fértil para se manifestar e voltar a se replicar no organismo.

Quando a infecção reaparece, ocorre uma inflamação que provoca erupções avermelhadas e bem dolorosas na pele. Essas lesões, inclusive, têm o formato sinuoso – explicação para que a doença também seja conhecida como “cobreiro” –, e geralmente acometem apenas um lado do corpo. 

Apesar de afetar pessoas de ambos os sexos, incluindo jovens e crianças, a doença é mais recorrente em pacientes com HIV e em idosos, já que há uma queda natural das defesas do organismo. 

A infecção por herpes-zóster é contagiosa?

Sim, mas somente entre indivíduos que nunca tiveram catapora ou não foram vacinados. Nesses casos, a pessoa não terá herpes-zóster, mas sim, catapora. Por isso, se você teve catapora durante a infância e entrou em contato com uma pessoa com herpes-zóster, fique tranquilo: não há possibilidade de desenvolver a doença. 

No entanto, a enfermidade pode voltar a qualquer momento – mesmo que você tenha tido alguma das infecções citadas anteriormente. Essa situação ocorre justamente porque o vírus do herpes-zóster permanece inativo no nosso corpo.

Para evitar que isso aconteça, é fundamental fortalecer o nosso sistema imunológico e ficar atento aos sinais mais comuns da doença. 

Embora as erupções cutâneas sejam as manifestações mais representativas, a doença também pode apresentar os seguintes sintomas: formigamento local, dor, febre e cansaço.

Os sinais da herpes-zóster não devem ser menosprezados. Portanto, em caso de suspeita da doença, é importante procurar um infectologista para iniciar o tratamento – geralmente feito com antivirais e analgésicos – o mais rápido possível, a fim de evitar possíveis complicações. 

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