Febre alta, dor de cabeça, calafrios e perda do apetite: esses são alguns dos sintomas que a infecção por malária, doença causada por protozoários do gênero Plasmodium, costuma causar no nosso organismo. Apesar dos avanços recentes no que diz respeito ao combate à doença, o controle efetivo da malária ainda é um desafio global.
Segundo o Relatório Mundial da Malária, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas que contraíram a doença em 2020 subiu em 14 milhões, quando comparado com o mesmo período de 2019. Em relação à quantidade de óbitos, os dados são ainda mais preocupantes: foram registradas 627 mil mortes em decorrência da malária em todo o mundo.
Para a entidade, o aumento expressivo no número de casos e mortes por malária evidencia dois grandes problemas. Primeiramente, as interrupções na saúde relacionadas à pandemia contribuíram para essa mudança no cenário: aproximadamente um terço dos países interromperam os programas de prevenção e diagnóstico de malária devido à crise sanitária.
A consequência? Tivemos um declínio no controle efetivo da malária em todo o mundo. E como sempre costumo falar nos textos publicados aqui no blog, o conhecimento e a informação são fundamentais para solucionar diversas questões na nossa sociedade.
Sendo assim, te convido a continuar a leitura desse texto, pois explicarei tudo o que você precisa saber a respeito da doença e sobre a importância do controle efetivo da malária para todos nós. Vamos lá?!
Afinal, o que é a malária?
Conforme mencionei no início do texto, a malária é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Plasmodium. A transmissão, por sua vez, ocorre de forma muito simples: através da picada do mosquito Anopheles sp – também conhecido como “mosquito-prego”.
Existem cinco espécies de parasitos que podem causar malária em seres humanos. Entretanto, duas delas – P. falciparum e P. vivax – são extremamente perigosas, sendo a P. falciparum a mais agressiva.
Como saber se fui infectado e estou com malária?
Além dos sintomas citados acima, a malária pode provocar desconforto nas juntas, dor abdominal, diarreia e cansaço. Embora seja classificada como uma doença infecciosa grave, já que há risco de morte, existe tratamento e as chances de cura são altas.
Para isso, é fundamental que o tratamento seja iniciado logo após o aparecimento dos primeiros sintomas. Os medicamentos, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), são fornecidos com base na espécie de Plasmodium e de acordo com a gravidade do quadro infeccioso do paciente.
Evitar a picada do mosquito é a melhor forma de prevenção
Apesar dos inúmeros avanços na ciência e na medicina, ainda não há nenhuma vacina comercialmente disponível para proteger a população da malária. Contudo, a OMS recomenda a utilização de um imunizante para crianças que residem em áreas cujo risco de transmissão da doença é considerado de alto a moderado.
De todo modo, evitar a picada do mosquito, fazendo uso de repelentes e de telas que impeçam a entrada do inseto nas residências, é a alternativa mais eficaz – no momento.
Além disso, a execução de pequenas obras de saneamento, como limpeza das margens de criadouros e melhoria das moradias e condições de trabalhos em áreas tropicais, também pode contribuir para o controle efetivo da malária.
E para celebrar o enfrentamento à doença, comemora-se na última semana de abril o Dia Mundial da Luta Contra a Malária. A data, que reforça a necessidade de ações globais voltadas ao tratamento e prevenção, tem como objetivo mobilizar recursos e comunidades para que o controle efetivo da malária seja alcançado.
Por isso, não se esqueça: fique atento aos sintomas, especialmente após visitar áreas localizadas na região no norte do país, e entre em contato comigo em caso de dúvida – ou se precisar de atendimento!