Com o objetivo de informar e conscientizar autoridades sanitárias, profissionais de saúde e diretores de hospitais sobre a importância do controle das infecções hospitalares e dos danos à saúde ocasionados por elas, celebra-se em 15 de maio o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares.
Durante a data, instituída pela Lei nº 11.723/2.008, ações educativas e campanhas de comunicação social são realizadas dentro de hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBS), na tentativa de reduzir as taxas de infecções hospitalares, que atingem 14% das internações no país, conforme dados do Ministério da Saúde.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) oferecem sérios riscos ao progresso e evolução dos tratamentos de pacientes, além da alta probabilidade de desenvolver doenças graves.
Para a entidade, medidas simples – como a higienização correta das mãos – poderiam reduzir em até 40% as infecções. No entanto, a prática simples e bastante comum não costuma fazer parte da rotina de uma ampla parcela da população brasileira, mesmo após os períodos mais críticos da pandemia do novo coronavírus.
Diante desse cenário, datas como o Dia Mundial da Higienização das Mãos são fundamentais para reverter essa situação alarmante, que põe em risco não apenas pacientes, mas também profissionais de saúde – médicos, enfermeiros e auxiliares.
O que é infecção hospitalar e como prevenir
Adquiridas durante o período de internação, as infecções hospitalares estão relacionadas aos procedimentos realizados no hospital – ou à própria internação –, que podem se manifestar ainda na unidade de saúde ou após o recebimento da alta médica.
Ao contrário do que muita gente pensa, as infecções hospitalares são bem comuns, uma vez que esses ambientes concentram um alto número de pessoas doentes e, muitas vezes, em tratamento com algum tipo de antibiótico.
Além disso, fatores como a queda da defesa do sistema imunológico, desequilíbrio da flora bacteriana e a realização de procedimentos invasivos (as cirurgias, por exemplo), favorecem esse tipo de infecção. Contudo, os microrganismos que causam as infecções hospitalares não afetam o nosso organismo em outras ocasiões.
Para combater a propagação das bactérias que provocam as infecções hospitalares, profissionais que integram a Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH), devem elaborar e avaliar formas que contribuam para a redução desses números nas suas unidades de saúde.
Entre as práticas que devem ser adotadas por pacientes, familiares e profissionais de saúde, estão a higienização das mãos com água e sabão – ou uso do álcool 70% –, controle do número de visitantes nos quartos e enfermarias do hospital, e cautela ao utilizar antibióticos.
Quais são as principais doenças causadas pelas infecções hospitalares?
As infecções hospitalares podem variar, já que os sinais e os sintomas estão relacionados com o microrganismo responsável pela infecção. Algumas das principais doenças registradas após contaminação em ambiente hospitalar são: pneumonia, infecção urinária e infecção de pele.
Diante da suspeita ou constatação de alguma doença causada pelas infecções hospitalares, deve-se iniciar o tratamento o mais rápido possível. O agravamento dessas enfermidades pode levar a complicações no quadro de saúde do paciente e, em alguns casos, à morte.
Por isso, previna-se! O cuidado que temos conosco também é essencial, pois evita a propagação de doenças! E se você tem dúvidas sobre esse ou outros assuntos relacionados à infectologia, entre em contato comigo.