O mundo começava a se recuperar da pandemia de Covid-19 quando, repentinamente, casos de monkeypox foram registrados em países não endêmicos. A doença se espalhou rapidamente, causando espanto e despertando preocupação na população, que se perguntava: como vou reconhecer os principais sintomas da varíola dos macacos?
Causada pelo vírus monkeypox, pertencente à família dos ortopoxvírus, a varíola dos macacos é uma doença rara e que, apesar do nome, não tem relação com os primatas. Como costuma acontecer com as patologias virais, a maioria dos casos se resolve em poucas semanas, mas em algumas circunstâncias, ela pode ser fatal – principalmente em pacientes imunossuprimidos.
É importante destacar que reconhecer os principais sintomas da varíola dos macacos nem sempre será difícil, já que parte das manifestações clínicas se assemelham com os de uma gripe ou resfriado comum: febre, dor de cabeça, dores nas costas e musculares, calafrios e exaustão – e as temidas erupções cutâneas (manchas vermelhas, escamosas e, possivelmente, com bolhas), que diferem de outros possíveis quadros.
No entanto, pesquisadores do Reino Unido observaram durante um estudo, que foi publicado no periódico BMJ, características epidemiológicas diferentes no atual surto da doença. Com essas variações nos sintomas, que podem ser discretas e difíceis de serem detectadas, existe a preocupação com o atraso no diagnóstico.
Por isso, é preciso estar atento aos principais sintomas da varíola dos macacos e saber como prevenir a doença.
Quando desconfiar dos sintomas?
Na forma mais comum da doença, os sintomas podem surgir a partir do sétimo dia, com uma febre súbita e intensa. Náusea e exaustão, acompanhados do inchaço dos gânglios – que podem ser observados no pescoço, axilas e região genital –, também podem aparecer.
As feridas na pele, por sua vez, podem surgir três dias após os sintomas iniciais – passando por diferentes estágios, como:
- Mácula (pequenas manchas);
- Pápula (feridas pequenas que lembram espinhas);
- Vesículas (pequenas bolhas);
- Pústula (bolhas que têm pus);
- Crosta (cascas de cicatrização).
No quadro clínico típico da doença, as erupções cutâneas surgem em diversas partes do corpo. Entretanto, pacientes que foram diagnosticados recentemente apresentaram feridas na região genital e no ânus.
De todo modo, a relação entre os sintomas e a possibilidade de ser varíola dos macacos deve ser avaliada por um profissional de saúde.
Contato direto é a principal forma de transmissão da doença
A varíola dos macacos pode ser transmitida, de forma geral, através do contato com indivíduos infectados. A contaminação se desenvolve após a exposição às gotículas do sistema respiratório ou por meio das secreções causadas pelas lesões na pele – incluindo objetos contaminados, como roupas e lençóis.
Para evitar o contágio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda o uso de máscaras de proteção, distanciamento social e a higienização correta das mãos. Porém, diante de um resultado positivo para a doença, a orientação é manter isolamento e observação pelo período de 21 dias.
Portanto, lembre-se: se houver suspeita de contaminação ou se você teve contato com alguém que foi diagnosticado com a doença, procure a unidade de saúde mais próxima de sua residência. Se precisar, entre em contato comigo!