Com o carnaval chegando, vem o alerta: sexo bom é sexo seguro. E também vem a necessidade de esclarecer que o sexo oral sem preservativo é um risco para a saúde, pois aumenta a possibilidade das temidas ISTs – as infecções sexualmente transmissíveis. Dito isso, fica aqui mais um alerta: não basta se proteger apenas durante a penetração!
Apesar da gravidade, não é possível informar números deste tipo de contágio, seja por subnotificação ou porque a transmissão pode ocorrer em práticas em que também foi realizado o contato genital.
Mesmo assim, vale lembrar que há um milhão de novos casos, por dia, de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) curáveis entre pessoas de 15 a 49 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Quais as doenças mais comuns?
Gonorreia e sífilis são algumas das doenças mais comuns após o sexo oral sem preservativo. No caso da gonoréia, por ser silenciosa em seu início, causa a evolução do quadro e graves consequências.
As manifestações da gonorreia, quando acontecem, são diferentes entre os sexos: para os homens há sintomas como dor ao urinar e corrimentos. Já entre as mulheres, pode ser ainda mais grave e, sem a conduta adequada, leva a diagnósticos como infertilidade, gravidez ectópica e Doença Inflamatória Pélvica (DIP).
No caso da sífilis, os sintomas passam por úlceras na região da boca e das bochechas e manchas pelo corpo, dificultando a identificação do quadro. Porém, vale advertir que, sem o tratamento, a infecção causa até a morte.
Apesar de não estar entre as principais doenças, o HPV também está na lista. A evolução do HPV é lenta e, por vezes, silenciosa, mas isso não significa que os riscos são menores. As manifestações vão desde verrugas genitais até câncer de colo de útero, quando a condição não é tratada adequadamente e no tempo certo.
A lista de riscos que o paciente se expõe ao realizar sexo oral sem preservativo é extensa e passa ainda por herpes, clamídia, hepatites e amigdalite gonocócica.
Sexo oral sem preservativo: como a contaminação acontece?
A transmissão das ISTs pode acontecer de diferentes formas, mas no caso da sífilis, por exemplo, o contato da boca na genitália leva à infecção. Em outros casos, a contaminação acontece devido ao esperma que sai do pênis ou do líquido que sai da vagina por conta da lubrificação.
O risco ainda é elevado quando há feridas na genitália ou na boca – forma de contágio de doenças como o HPV. Uma pequena fissura causada pela depilação, por exemplo, contribui para o aparecimento das ISTs no caso de sexo oral sem preservativo.
Existem ainda casos de infecção por meio do contato da língua com o ânus, neste caso, o ato pode levar a quadros de hepatite A.
Como prevenir as ISTs?
A melhor maneira de se prevenir é utilizar preservativo em qualquer contato sexual. Há quem possa argumentar e levantar motivos para dispensar o item, mas vale lembrar que hoje existem diversos modelos disponíveis.
Realizar sexo oral sem preservativo é um risco claro de infecções sexualmente transmissíveis, e ignorá-lo é prejudicial para a sua saúde.
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