No dia 14 de junho é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue; a importância do ato é tanta que uma única doação pode salvar até quatro vidas. Para celebrar a data, preparei alguns mitos e verdades sobre a doação de sangue, já que a informação é essencial para aumentar o número de doadores e evitar condutas equivocadas.
Antes de apresentar cada uma das afirmações, verdadeiras ou falsas, aqui vai uma curiosidade: o dia escolhido é uma homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, notável imunologista austríaco responsável por descobertas como o fator Rh e diferenças entre os tipos sanguíneos.
Outro fato importante é que as primeiras transfusões de sangue foram realizadas na primeira metade do século XX, nas quais eram realizadas “braço a braço” – ou seja, o sangue da artéria de um doador era imediatamente transferido à veia do receptor. Confira outros acontecimentos como este no meu artigo no site Deviante.
Confira 6 mitos e verdades sobre a doação de sangue
1.Grávidas não podem doar sangue
Verdade. Durante a gestação o organismo está voltado para o desenvolvimento do feto e precisa da reserva de vitaminas e minerais. Dessa forma, não é recomendável a doação de sangue.
Vale lembrar que, em caso de parto normal, é possível doar depois de três meses; em caso de cesariana, após seis meses. A exceção dessas regras é para mulheres que amamentam, que devem esperar pelo menos um ano após o parto.
2. Tudo bem doar sangue apenas para confirmar se tenho alguma doença
Mito. A doação de sangue é ato de altruísmo, mas também de muita responsabilidade, por isso, em caso de suspeita de alguma doença, procure uma UBS e teste gratuitamente para sífilis, hepatites B e C e HIV. Os outros testes poderão ser indicados por um especialista dependendo da epidemiologia.
3. Quem teve Covid-19 não pode doar sangue
Mito. A recomendação da Fundação Pró-Sangue apenas afirma que pacientes com diagnóstico ou suspeita da doença devem esperar 10 dias depois da recuperação para participarem da doação de sangue.
4. Doar sangue pode comprometer a saúde do doador
Mito. Não existem evidências científicas que corroboram com essa afirmação.
A quantidade de sangue a ser doada é proporcional ao peso e altura, não chegando a representar sequer 10% do volume sanguíneo total. Além disso, o sangue é reposto pelo organismo sem qualquer necessidade de medicação.
Os materiais utilizados também são esterilizados, descartáveis e de uso individual, evitando qualquer contato com uma doença infecciosa.
5. Dependendo da vacina, não posso doar sangue no mesmo dia
Verdade. Por isso, em caso de imunização recente, é recomendável levar a carteirinha de vacinação e apresentá-la na triagem. Outra opção, se possível, é ligar para o hemocentro mais próximo e informar a vacina que tomou e questionar qual o período que precisa aguardar para realizar a doação de sangue.
6. Menores de idade e idosos podem doar
Verdade. Vale lembrar que a idade mínima para doação de sangue é de 16 anos e a máxima 69 anos.
No caso do menor de idade, atendendo outros requisitos obrigatórios, basta apresentar o “Termo de Autorização para Doação” assinado pelo responsável.
A idade limite para realizar a primeira doação de sangue é de 60 anos. Ou seja, os indivíduos com 60 anos ou menos são elegíveis para realizar a sua primeira doação.
Após a primeira doação, é possível continuar doando sangue até atingir a idade máxima de 69 anos.
Confira todos os requisitos necessários para doação no site da Fundação Pró-Sangue e participe deste ato de solidariedade e altruísmo: salve vidas!
Agora que você conhece os mitos e verdades sobre a doação de sangue, compartilhe para auxiliar outras pessoas que também tem dúvida! Já se precisar agendar uma consulta, entre em contato comigo.