Aumento de casos de dengue reforça a urgência da prevenção

Considerada uma doença endêmica e que oferece sérios riscos à saúde populacional, a dengue voltou a ocupar as manchetes dos principais jornais do país. Isso porque, ao longo das últimas semanas, o número de casos de dengue atingiu uma marca preocupante: mais de um milhão de diagnósticos.  

Para se ter uma noção da gravidade do assunto, o aumento de casos de dengue em 2022 é 200% maior que o registrado durante o mesmo período de 2021, segundo dados do Ministério da Saúde. Mas afinal, quais são os riscos do crescimento vertiginoso dessa doença no nosso país?

Primeiramente, precisamos entender que não estamos falando de uma doença desconhecida. Uma parcela expressiva da população – mais precisamente 81% dos brasileiros – se considera bastante informada sobre o que é e como prevenir a disseminação de casos de dengue

No entanto, a conscientização por si só não é o suficiente para combater e reduzir os casos de dengue no país. Entender que esse fenômeno é, também, um reflexo da pandemia e da ausência de políticas públicas eficientes é tão importante quanto compreender a forma como a doença afeta o nosso organismo e todo o sistema de saúde.

Afinal, o que é a dengue? 

Trata-se de uma doença viral, transmitida pela picada da fêmea do Aedes Aegypti, um mosquito de hábitos diurnos e que se multiplica em depósitos de água parada. Nos últimos anos, os casos de dengue se espalharam e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais da metade da população mundial corre o risco de contrair a doença.

É importante ressaltar que existem quatro tipos diferentes desse vírus, pertencentes à família flavivírus: os sorotipos 1, 2, 3 e 4 – e todos podem causar diferentes formas da doença. Além disso, nem todos os pacientes diagnosticados com dengue vão apresentar sintomas, o que pode, em alguns casos, fazer com que a doença passe despercebida. 

A dengue apresenta algumas variações:

  • Assintomática – quando o paciente é portador do vírus, mas não manifesta sintomas da doença;
  • Dengue clássica – os sintomas podem surgir de 3 a 5 dias após o paciente ter sido infectado. Febre alta (acima de 38,5º), dor de cabeça, no corpo, náuseas e tontura são alguns dos sinais;
  • Dengue hemorrágica – inicialmente, os sintomas são bem parecidos com o da dengue clássica. No entanto, após o desaparecimento da febre, o quadro clínico pode se agravar subitamente, gerando dor abdominal, vômito persistente e sangramentos. 

Prevenção é a melhor forma de combate à doença

Existe tratamento para os casos de dengue? Na realidade, a maioria dos casos de dengue não requer um tratamento específico. Entretanto, é importante procurar ajuda de um profissional de saúde diante da suspeita da doença.

O diagnóstico preciso e o monitoramento adequado são fundamentais para a recuperação do paciente, e também evita que ocorra o choque hemorrágico – quadro que pode provocar sérios danos à saúde e, em alguns casos, levar à morte. 

Além da conscientização sobre os perigos da dengue, é preciso ficar atento para combater os focos de acúmulo de água, que são favoráveis para a criação – e propagação – do mosquito transmissor da doença. Portanto, evite acumular água em pneus usados, copos plásticos, tampinhas de refrigerante, vasinhos de planta, caixas d’água, etc.

Se tiver dúvidas sobre o assunto, entre em contato comigo!