Receber o diagnóstico de uma doença, seja ela qual for, não é fácil. Há misto de medo, tristeza e preocupação. Esses sentimentos, que nos fazem refletir sobre a finitude da vida, são potencializados por um outro fator: a estigmatização e o preconceito, como é o caso da tuberculose (TB).
Considerada uma das doenças mais antigas do mundo, a tuberculose, patologia causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (ou bacilo de Koch), recebeu muitos nomes ao longo dos anos: “Peste branca”, “tísica pulmonar” e “doença do peito” – além de ter sido comumente associada a poetas e escritores, os chamados “almas tristes”.
Após anos de estigma e preconceito, compromissos políticos e globais reverteram esse cenário, reduzindo drasticamente o número de casos e mortes por tuberculose. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2015 e 2019, houve uma diminuição de 9% na incidência de diagnósticos e óbitos em virtude da doença.
No entanto, um novo relatório divulgado pela entidade revelou que anos de progresso no combate à doença estavam ameaçados. Com o avanço da pandemia do novo coronavírus em todo o mundo, cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram em decorrência da tuberculose durante 2020 – mas esse não é o único motivo!
Pacientes ainda enfrentam muito preconceito
Por ser uma doença altamente transmissível, cuja contaminação ocorre após o indivíduo ter tido contato com partículas líquidas minúsculas, produzidas pela nossa fala, tosse ou espirro, há um grande preconceito em torno disso.
Esse preconceito, aliás, não é algo recente. No passado, a falta de informação e a ausência de tratamentos efetivos contribuíram para que a tuberculose recebesse o título de “mal do século” – o que, inconscientemente, permanece no imaginário da população.
Por conta disso, pacientes diagnosticados com a doença enfrentam uma espécie de resistência. A autodiscriminação faz com que muita gente não dê continuidade ao tratamento – principalmente porque uma ampla parcela dos infectados acredita que a tuberculose não tem cura, o que não é verdade.
Para conscientizar e mudar esse cenário, celebramos em 17 de novembro o Dia Nacional de Combate à Tuberculose. A campanha tem como propósito alertar a população sobre os riscos da doença e reforçar a importância do diagnóstico precoce, assim como o tratamento.
Lembre-se: o combate à tuberculose é um desafio global e deve ser um compromisso de todos nós. Cuide-se! Se ainda tiver dúvidas a respeito da doença, entre em contato comigo!