Meningite bacteriana tem rápida evolução e pode ser fatal

Nos últimos meses, o número de casos de meningite bacteriana, mais precisamente a meningite meningocócica, voltou a crescer no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 7 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença somente neste ano – desse total, 830 foram à óbito.

Os números revelam um cenário preocupante e que decorrem de uma série de fatores, como os impactos causados pela pandemia e a baixa adesão à vacinação de diversas doenças. No entanto, é preciso atenção para tentar frear o avanço da meningite bacteriana, que tem uma rápida evolução e pode ser fatal – mas afinal, você sabe como ela é transmitida e de que forma afeta o nosso organismo?

Primeiramente, precisamos entender que a meningite é uma doença grave e que provoca a inflamação das meninges; isto é, as membranas que envolvem o nosso cérebro e a medula espinhal. Nem sempre as causas serão bacterianas, pois essa patologia pode ser desencadeada por vírus, fungos ou parasitas.

Apesar dessa variação na classificação da doença, a meningite bacteriana é considerada a forma mais grave e também a mais comum. Se não tratada rapidamente, a infecção pode causar danos cerebrais, dificuldades de aprendizagem, perda auditiva, amputações e, nos casos mais graves, levar à morte. 

Estar atento aos principais sintomas e nas formas de transmissão pode contribuir para a mudança desse cenário. Por isso, reuni informações que considero essenciais e que precisam ser esclarecidas a respeito da meningite bacteriana – e você confere logo abaixo! 

Formas de transmissão e sintomas da meningite bacteriana

A meningite meningocócica é causada pela bactéria Neisseria meningitidis. No entanto, outras meningites bacterianas podem ser desencadeadas por agentes como o Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae.

Normalmente, a transmissão da meningite bacteriana acontece através de gotículas e secreções respiratórias de pacientes infectados. Além disso, recém-nascidos também podem ser diagnosticados com a doença após serem contaminados pelo Streptococcus do grupo B durante o parto normal, já que a gestante pode portar essa bactéria sem ao menos apresentar sintomas.  

E por falar nos sintomas, as manifestações da meningite bacteriana aparecem pouco tempo depois da contaminação. Entre os sinais mais comuns, destacam-se:

  • Febre alta;
  • Dor de cabeça e no pescoço;
  • Manchas vermelhas pelo corpo;
  • Vômito e mal-estar.

Meningite bacteriana tem tratamento?

Sim, é possível tratar a meningite bacteriana, mas não da forma “convencional” – como assim?

Diferentemente do tratamento de outras doenças, em que a medicação é prescrita pelo médico e administrada pelo próprio paciente, a terapia contra a meningite bacteriana é feita à base de antibióticos e em ambiente hospitalar. 

Sendo assim, o paciente fica internado – e isolado – nas primeiras 24 horas após o início do tratamento, que pode durar de 7 a 14 dias. E você deve estar se perguntando: será que existem formas de prevenção?

A resposta para essa dúvida também é positiva. No Programa Nacional de Imunização, estão disponíveis vacinas contra as principais formas de meningite. Portanto, não deixe de imunizar o seu filho e fique atento aos sinais da doença!

Se precisar, entre em contato comigo – será um prazer ajudar!